[Barcelona, Abril 2009]
Provavelmente desde sempre. A moda faz-se na rua. É na rua que se vive, que se movem, que se pintam. Da rua saltam para as passerelles, para os editoriais de revista ou para as telas de cinema. As cores, as letras gordas e sombreadas; há grafittis inquietantes, incrivelmente reais ou irrealmente fantásticos. É mais uma arte de rua.
Agora vêem-se em t-shirts de cores amarelas, verdes ou laranjas – todas vistosas e garridas – peças de roupa personalizadas por amigos designers ou estampadas de uma foto tirada num muro perdido. Os ténis clássicos da Nike ou da Adidas também têm sido um alvo privilegiado desta onda street. Os vintage casacos da Adidas com as risquinhas laterais voltam a ser vendidos não só como peça de vestuário desportivo mas também como adereço de dia-a-dia.
Em Portugal, diz quem fez parte do movimento, os grafittis foram impulsionados pelo partido político MRPP – na altura formado por vários jovens, alguns deles dirigentes europeus neste momento – que pintava mensagens contra a ditadura Salazarista nos muros em Alcântara. Actualmente, esta vaga do street é encontrada nos grandes centros urbanos, mas por todo o lado já se vai vendo outra um par de tenis da Reebok old school ora uma t-shirt do SuperMario em grafitti (não foi vista, foi imaginada).
A arte que é feita nas ruas é livre e descomprometida. É movel e sem-abrigo. É deixá-la andar e ir copiando as melhores linhas para o nosso guarda-roupa.